sexta-feira, 20 de março de 2009


História de Inês de Castro e D. Pedro

Há muitos séculos atrás, bem antes dos Descobrimentos, governava El-rei D. Afonso IV que era casado com D. Beatriz de Castela.
No dia 8 de Abril de 1320 acabara de nascer o membro mais recente da coroa portuguesa nas cortes de Coimbra, o príncipe D. Pedro.
Por volta de 1328, aos 8 anos de idade a princesa D. Branca de Castela foi-lhe prometida em casamento. Porém, o casamento acabou por não ser realizado porque a noiva tinha uma deficiência física e mental.
Então foi-lhe prometida a Infanta D. Constança, filha de D. João Manuel, Infante de Castela.
A noiva veio para Portugal em 1340, acompanhada de uma aia, que por sua vez era sua parente, fidalga de origem, bastarda chamada Inês de Castro, filha do fidalgo castelhano Pedro Fernandez de Castro
Inês de Castro era uma mulher lindíssima. D. Pedro apaixonou-se loucamente por ela, esquecendo as conveniências e as reprovações. Felizmente, o amor foi-lhe correspondido e assim passou a ser a alma gémea de D. Pedro. Por ela, D. Pedro não ligou às convenções da corte e desafiou tudo e todos. A corte considerava aquele romance como sendo imoral, devido aos problemas morais e religiosos que esta trazia. E ainda havia o medo que a influência da família dos Castros fosse muita, na coroa portuguesa.
Mas, apesar da controvérsia, Inês de Castro e D. Pedro viviam despreocupadamente o seu amor, nas margens do Rio Mondego.
Porém, por causa deste romance, chegavam várias intrigas ao rei D. Afonso IV, o que fizeram o monarca agir rapidamente. Apesar de tudo isto, ele compreendia aquele romance, mas teve de tomar medidas drásticas.
Foi feita uma reunião do seu conselho em Montemor-o-Velho, em que D. Pedro não esteve presente para se defender. Nesta reunião foi decidida a execução de Inês de Castro. Deste modo foi decidido o destino de Inês de Castro, sem levarem em conta o facto que ela era mãe de quatro filhos de D. Pedro.
Assim, na manhã de 7 de Janeiro de 1355, os executadores aproveitaram a ausência de D. Pedro, que estava a realizar as suas habituais caçadas, entraram no paço e ali mesmo mataram D. Inês, com apenas 30 anos de idade.
Devastado com a perda da sua amada, D. Pedro chegou a declarar guerra ao seu pai.
Dois anos depois, com a morte de D. Afonso IV e a subida ao trono de D. Pedro, aos 37 anos, este mandou capturar os assassinos de D. Inês. Conseguiu apanhar Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho, mas Diogo Pacheco, disfarçado de mendigo, lá conseguiu escapar.
Majestosas honras foram prestadas a D. Inês, tendo sido o caixão acompanhado por cavaleiros, fidalgos, povo, clero e por donzelas e homens. Foram ainda celebradas imensas missas e cerimónias em memória de D. Inês.
Mais tarde, D. Pedro mandou esculpir uma estátua à sua imagem, para estar sempre ao lado do seu grande AMOR.
Procurando dignificar o nome de Inês de Castro, D. Pedro declarou solenemente, apresentando como testemunhas D. Gil e Estêvão Lobato, que sete anos antes casara com ela, em Bragança. Tendo sido esta afirmação pública proferida em 12 de Junho de 1360.

D. Pedro, O Justiceiro
D. Pedro nasceu a 8 de Abril de 1320, em Coimbra e faleceu a 18 de Janeiro de 1367, em Estremoz. D. Pedro I foi o 8º rei de Portugal. Uns chamaram-no de Justiceiro outros de Cruel. Estes cognomes têm a ver com a história de amor que este viveu com Inês de Castro. O seu pai foi D. Afonso IV e a sua mãe foi Beatriz de Castela.
D. Pedro tinha sido prometido a D. Branca, princesa de Castela, mas devido a problemas derivados de deficiências mentais D. Pedro não pôde casar com D. Branca.
Mais tarde, D. Pedro voltou a ser comprometido, desta vez a D. Constança. Porém este amor era uma farsa e no fundo não existia, pois este casamento tinha sido arranjado, ou seja, os pais de princesa e do príncipe tinham, anteriormente, combinado este casamento. Foi então que conheceu Inês de Castro e mal a viu, sentiu que a amava profundamente. Contudo o príncipe casou com D. Constança e teve 3 filhos com esta. Este casamento durou 29 anos, tendo acabado com a morte de D. Constança.
Mas, ainda antes de D. Constança morrer, D.Pedro já vivia um proibido romance com D. Inês, e a morte de D. Constança apenas veio permitir o casamento de D. Inês com o príncipe. Não se sabe ao certo quando este casamento se realizou, mas quando D.Pedro sucedeu o seu pai no trono português, elevou D. Inês a Rainha de Portugal, já estando esta morta. Devido a este romance, D. Pedro declarou varias vezes guerra ao seu pai (uma vez que este reprovava este romance).
O romance entre D.Pedro e D.Inês originou 4 filhos: D. Afonso de Portugal, D. Beatriz, D. João e D. Dinis.
Mandou depois construir o mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro. Mesmo em frente mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nesta posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.
Apesar de ter vivido um amor tão puro e inigualável, D.Pedro voltou a casar com D. Teresa Lourenço e teve mais um filho, D. João I.
D. Pedro foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça, ao lado do seu amor, D. Inês de Castro.

Inês de Castro, a rainha morta
Inês de Castro nasceu em 1320 Ou 1325, na Galiza.
O seu pai foi Pedro Fernandes de Castro e a sua mãe foi Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai era um fidalgo bastante poderoso no reino de Castela.
Em 1339, Inês de Castro veio para Portugal para acompanhar a futura rainha Constança de Castela, e foi aí que D.Pedro reparou nela e se apaixonou por ela. Felizmente, Inês de Castro também se apaixonou pelo príncipe e estes chegaram a viver um romance secreto até á morte de D. Constança. Quando D. Constança morreu D.Pedro assumiu o seu romance com Inês de Castro decidiu ir viver com esta para a sua casa, o que causou controvérsia entre a corte e o povo. Foi também nesta altura que o infante começou a desentender-se com o seu pai, devido ao belo romance que D.Pedro vivia com Inês de Castro.
Mas apesar disto tudo, Inês e D.Pedro viviam despreocupadamente o seu romance nas margens do rio Mondego. E eles chegaram ainda a casar e a ter 4 filhos: D. Afonso de Portugal, D. Beatriz, D. João e D. Dinis.
Porém, nem tudo era um mar de rosas, e o rei D. Afonso IV queria D.Inês morta e quando chegou ao momento da sua morte, esta levou os seus filhos para ver se o rei já não a mandava matar, mas isso não lhe serviu de muito, pois a 7 de Janeiro de 1355, ela foi morta na Quinta das Lágrimas, em Coimbra.
Depois de morta, quando D.Pedro subiu ao trono português aclamou, D.Inês de Castro, como Rainha de Portugal.
Em sua honra, D.Pedro, prestou várias homenagens e mandou construir o Mosteiro de Alcobaça, onde mais tarde Inês de Castro viria a ser sepultada.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Nossa versão de uma verdadeira Historia de amor !

Séculos atrás, bem antes dos descobrimentos mas depois das lendárias aventuras greco-romanas, havia um reino chamado de Portugal.
Grandes eram os habitantes deste reino, lutaram durante séculos pela sua independência. Agora aqui se encontravam no seu sétimo reinado com o Rei
D. Afonso IV.
Sua mulher, D. Beatriz, estava grávida. Brevemente iria nascer o seu sucessor.
E assim foi, na bela cidade de Coimbra acabara de nascer o jovem príncipe, D. Pedro, na manhã de primavera de 8 de Abril.
Desde pequeno foram ensinados os comportamentos e tudo o resto que um monarca deveria ter e, claro, também desde muito cedo prometido em casamento, por diversos motivos.
D. Pedro não tencionava casar, aliás fora-lhe prometida uma jovem princesa castelhana, mas por motivos de deficiências psicológicas e físicas o casamento foi cancelado.
Por uns tempos não se ouviu falar de casamento algum, mas claro que, mesmo não querendo, era obrigado a casar, era como se fosse uma espécie de lei humana mas, neste caso, para um príncipe.
Uma das actividades preferidas do príncipe, para além da literatura, era a caça. E assim fazia, pelo menos sempre que podia, durante as manhãs nos pinhais que tinha ao redor do Castelo.
Numa dessas idas a caça deparou-se, quer dizer pelo menos pareceu-lhe, uma ilusão óptica. Só podia ser miragem, era totalmente absurdo uma dama estar num pinhal de manhã, ainda para mais sozinha.
Voltou para o castelo mas aquela imagem não lhe saía da cabeça, era algo totalmente fora do normal, nunca antes vista, pelo menos por seus olhos. A tal dama tinha longos cabelos louros como oiro, pele pálida mas com um tanto de suavidade, era de todo elegante e todos os seus movimentos eram formosos. Não podia ser real, estava a dar em louco com o seu pensamento, de todo virado para uma ilusão. Então, decidiu aparecer todas as manhãs naquele sítio, para ver se era real ou apenas fruto da sua imaginação aquela constante imagem que lhe surgia no pensamento.
Foi um dia, dois, três, uma semana, mas ela não aparecia. Decididamente, pensou que era mesmo imaginação.
No dia a seguir, ao perseguir um coelho, foi dar às margens de um grande rio que lá passava por perto.
Para além de encontrar o coelho que lhe fugia, encontrou aquilo que tanto procurava, que no dia anterior começara-lhe a escapar também.
Afinal não era ilusão nenhuma, afinal era real, mas real mesmo.
Aproximou-se e tentou falar com a jovem, que parecia um tanto amedrontada com a sua presença, mas logo acabou por falar.
Ao falar, apercebeu-se de que não era portuguesa, apesar de falar a sua língua tinha uma espécie de pronúncia galega.
Ao dialogarem, ficou a descobrir bastantes coisas acerca da jovem.
Chamava-se Inês, tinha chegado há pouco tempo do reino vizinho com seus pais e família. Na verdade, Pedro já tinha ouvido falar de uns tais nobres Castro mas nunca lhe despertara interesse.
Já era hora de almoço e ambos tinham de partir, mas combinaram de se encontrar todas as manhãs ali naquele local para se conhecerem melhor.
Ao voltar para o castelo, ficou com uma sensação estranha mas totalmente boa, era uma espécie de grande euforia e alegria. Também Inês ficara com a mesma sensação.
Desde aí, começaram a encontrar-se todos os dias, e nasceu um sentimento desconhecido de ambas as partes, aquele sentimento que nos obriga a cometer as maiores loucuras, que nos dá as maiores alegrias mas também decepções, que nos deixa estupidamente eufóricos e em que as curtas horas se transformam em longos milénios, aquilo a que começou-se a chamar de fero amor.
E assim continuaram a encontrar-se durante muito tempo, e esta relação colorida perdurou durante meses. Era algo anormal para a época, era um casal apaixonado, algo que não havia.
Estava tudo óptimo, até ao dia em que Pedro chegou ao castelo e seu pai ordenou que fosse até à biblioteca real. Aí descobriu que estava novamente noivo de uma princesa castelhana, e que ela já estava a caminho de Portugal. O jovem príncipe não tinha outro remédio senão casar com a castelhana como já foi dito em cima era uma espécie de lei para um príncipe.
Com esta noticia Pedro ficou totalmente á nora, só pensava em Inês, no quanto a amava e na sua reacção. Por uns tempos decidiu ocultar-lhe esta notícia, no momento pareceu-lhe a melhor solução.
Passado uma semana o mensageiro real, anunciou que D. Constança estava quase a chegar a Coimbra, e assim iniciaram-se os preparativos para o casamento real.
Mesmo assim Pedro continuou a ocultar tudo a Inês!
Nos seus encontros Inês começou a aperceber-se de que se passava algo, mas preferiu acreditar que era só uma impressão.

Ao ver a lista de convidados para o casamento reparou que a Família Castro (família de Inês) fora convidada para o casamento. Afinal não devia ter ocultado o casamento a Inês, agora iria descobrir da pior forma. O pior é que agora já não podia, mesmo que quisesse, falar com Inês pois o casamento era no dia a seguir.
Nessa noite Pedro não dormiu, esperava o pior.
Era de manhã e o casamento ia prosseguir, mas reparou que tanto Inês como sua família não estava presentes. O que será que tinha acontecido?
Foi perguntar ao Mensageiro real, e este informou-lhe de que a Jovem Inês tinha bebido veneno a noite passada e que agora estava às portas da morte, se é que já não tinha morrido aquela hora.
Pedro sem pensar em mais nada, largou o casamento e montou num dos cavalos brancos que repousavam na entrada do castelo.
Foi ter a casa de Inês e encontrou-a ainda viva mas estava por completo a desfalecer, chorou como nunca antes visto e pediu-lhe mil e umas desculpas, beijou-a como se fosse um fim do Mundo, na verdade era mesmo o fim do seu Mundo.
De segundo a segundo parecia cada vez mais gélida já não sabia o que fazer, se ela morresse ele também morreria ali naquele instante.
Por uns instantes deixou de reagir mas de repente abriu os olhos e sorriu para Pedro. Não sabia se era milagre ou que era mas Inês estava viva!
Inês recuperou, Pedro abandonou a coroa e logo abandonaram Portugal.
Muitos dizem que foram viver para Inglaterra e pertenciam a corte, outros que acabaram por morrer numa tempestade no mar. A única coisa de que há factos é que morreram juntos e felizes longe daqueles que lhe queriam mal.